E o Cachaça, Prosa & Viola de hoje será um pouco diferente, porque vou narrar um causo pra vocês, baseado no livro Contos de Enganar a Morte, escrito e ilustrado por Ricardo Azevedo, baseado nas narrativas populares recolhidas e recontadas por ele. O conto de hoje é A quase morte de Zé Malandro. Vai assuntando...
Ricardo Azevedo
Ricardo José Duff Azevedo é um escritor, ilustrador e pesquisador brasileiro. filho do também do autor de obras didáticas e pensador da geografia <Aroldo de Azevedo> e neto de Arnolfo Rodrigues de Azevedo, que foi senador por São Paulo e deputado nacional.
Nascimento: 3 de outubro de 1949 (idade 71 anos), São Paulo, São Paulo Formação: FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado Nome completo: Ricardo José Duff Azevedo Género literário: Literatura infantil Prêmios: Prêmio Jabuti de Livro Infantil Digital
Site: ricardoazevedo.com.br
Contos de Enganar a Morte
Pode-se dizer que o folclore é uma força em constante movimento, uma fala, um símbolo, uma linguagem que o uso torna coletiva. Por meio dele, as pessoas dizem e querem dizer. E a dica de leitura bebe justamente dessa fonte da cultura popular.
No livro “Contos de enganar a morte”, o escritor Ricardo Azevedo explora esse tema tão delicado de forma leve e criativa. O próprio autor menciona na obra:
Trata-se de um grave erro considerar a morte um assunto proibido ou inadequado para crianças. Heróis nacionais como Ayrton Senna, presidentes da república e políticos importantes, artistas populares, parentes, amigos, vizinhos e até animais domésticos infelizmente podem morrer e morrem mesmo. A morte é indisfarçável, implacável e faz parte da vida (AZEVEDO, 2003, p.58).
Portanto, o livro reúne quatro narrativas sobre a “hora de abotoar o paletó”, “entregar a rapadura”, “bater as botas”, “esticar as canelas”. Nesses contos, os personagens se defrontam com a morte, contudo, ninguém quer morrer e cada um inventa mil truques e ardis para dar um jeito de escapar do vulto de capa preta.
Durante a leitura, é possível encontrar diversas expressões metafóricas, que dão riqueza estética aos contos. “O tempo passava correndo feito um rio que ninguém vê”, ou “Mas o tempo é um trem que não sabe parar na estação”, ou ainda “A vida é uma roda que gira sem breque e nem eixo”.
Nesses enredos, destaca-se a figura de Zé Malandro, que gosta de passar a vida zanzando e jogando baralho do que arrumar um trabalho. Até que certo dia alguém bate na sua porta e então.... bom, o final dele só mesmo lendo para saber. A risada é garantida!
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