E a prosa de hoje é com o meu parceiro de dupla, Moisés Mozer. Formada em 25 de abril de 2015, a dupla caipira começou a fazer seus ensaios para montar repertório, inicialmente sem grandes pretensões. E de uma formação despretensiosa, a dupla caipira Moisés Mozer & Luiz Borges passou a defender, divulgar e preservar a cultura caipira através da música, por onde quer que passa. Vai assuntando…
Moisés Mozer
Sua trajetória musical começou quando ainda era criança. Seu meu pai tinha um cavaquinho e Mozer tirava uns sons tipo “ting-ling” mas saía alguma coisa. Mais tarde, seu irmão comprou um violão. Aí ficou mais difícil, pois o bicho era bem grande e ele nem conseguia colocá-lo no colo. Mas isso não foi impedimento. Logo passou a tocar algumas notas e cantarolava algumas músicas. Nessa época morava na roça tinha influências caipiras. Com o passar do tempo seus irmãos vieram pra Brasília e pouco tempo depois toda a família também. Morando em Taguatinga DF, decidiu então aprender a tocar viola caipira e encontrou um Professor de viola chamado Tião Violeiro. Entre uma aula e outra acabou fazendo uma parceria. Tião na viola caipira e Mozer no violão. Moral da história, não aprendeu a tocar viola o quanto queria, porém, aprendeu a tocar muitos ritmos caipiras como Querumana, polca, cateretê, cururu, pagode, etc. Nessa caminhada encontrou vários amigos, fez Trio com Tião violeiro e Anita, dupla com o Godói, onde se apresentou no programa Brasil Caipira, do Luiz Rocha. Por motivos de força maior, as parcerias não deram certo, até que em 2015 apareceu em sua rede social um tal de Luiz Borges, querendo conhece-lo e formar uma dupla, inicialmente sem grandes propósitos, apenas cantar as canções que gostavam.
Luiz Borges
Nascido em 19 de julho de 1979, em Brasília DF, filho de mãe mineira e pai nordestino, porém convivendo mais com os familiares mineiros, teve, desde cedo, influências da música caipira. Aos 12 anos aprendeu a tocar violão e a primeira música de seu repertório foi O Menino da Porteira de Teddy Vieira e Luizinho. Em seguida estudou violão popular e teoria musical por 4 anos e tornou-se um autodidata, buscando sempre novos conhecimentos musicais. Sempre teve o desejo de aprender a tocar viola caipira, e o fez tardiamente, começou seus estudos em 2012, depois que ganhou sua primeira viola caipira de presente de aniversário. Como já tinha o conhecimento teórico e a técnica do violão, a adaptação foi, de certa forma, tranquila. Depois de seis meses de estudo com o professor Dyego, já estava se apresentando com a viola caipira. Reza a lenda que não é o violeiro quem escolhe a Viola Caipira, mas a Viola Caipira é quem escolhe o Violeiro. Com Luiz Borges não foi diferente. Desde seu primeiro contato com a viola caipira ele se apaixonou e se sente cada vez mais atraído por seu timbre peculiar. Tornou-se então um pesquisador e autodidata da viola caipira, estudando as diversas técnicas e também sua história.
A Dupla
Formada em 25 de abril de 2015, a dupla caipira começou a fazer seus ensaios para montar repertório, inicialmente sem grandes pretensões. Em 23 de setembro de 2015 resolveu publicar seu primeiro vídeo em rede social, interpretando o cateretê Porta do Mundo, uma composição de Peão Carreiro. De forma caseira, foram publicados novos vídeos com as músicas que já estavam bem ensaiadas. Em pouco tempo os vídeos se espalharam e o público começou a perguntar onde a dupla se apresentava. Foi então que, de forma audaciosa, a dupla decidiu produzir seu primeiro show: “No Repique da Viola”. Foram vários meses de preparação e em meados de 2016, a dupla fez várias apresentações em festas particulares e festas juninas nas igrejas de Taguatinga e Ceilândia. Também foram convidados para uma entrevista na Web Rádio Federal, no programa Brasília Vip Sertanejo, apresentado por Evelyne Ogawa e Plínio Perru. Em outrubro de 2016, gravaram, pela primeira vez, o programa Brasil Caipira, apresentado por Luiz Rocha, na TV Câmara. 22 de outubro de 2016 foi o grande dia. A primeira grande apresentação de Moisés Mozer & Luiz Borges, intitulada NO REPIQUE DA VIOLA. O palco escolhido foi o da Sala Yara Amaral, no Centro Cultural SESI, em Taguatinga DF. Casa lotada e muita música caipira ao som da viola caipira, violão e asvozes de Moisés Mozer e Luiz Borges. O grande momento do show foi a apresentação da primeira composição da dupla, a música Cheiro de Chão. Uma guarânia inspirada na infância de Mozer, vivida na fazenda de seus pais em Pindaíba MG. Em novembro de 2016 criaram o projeto Sabadão Caipira, em parceria com a Choperia Assis, em Taguatinga Norte. Lá eles animavam as noites de sábado com muita música caipira, sempre ao som da viola e violão. Também em novembro de 2016, a dupla se apresentou no 16º Encontro de Violeiros, na Casa do Cantador, Ceilândia DF, organizado pelo Clube do Violeiro Caipira em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do DF. Em dezembro de 2016 a dupla se apresentou no 15º Encontro de Folia de Reis, no Gama DF, organizado pelo Clube do Violeiro Caipira, e Secretaria de Estado de Cultura do DF. No Carnaval de 2017, Moisés Mozer & Luiz Borges se apresentaram no 1º Carnaviola, na Casa do Cantador, em Ceilândia DF. E de uma formação despretensiosa, a dupla caipira Moisés Mozer & Luiz Borges passou a defender, divulgar e preservar a cultura caipira através da música, por onde quer que passa.
Site: https://duplammlb.com.br
Youtube: Moisés Mozer & Luiz Borges
Cheiro de Chão
Após três anos de carreira Moisés Mozer & Luiz Borges apresentam seu primeiro trabalho autoral: O CD Cheiro de chão. O CD traz como destaque a viola caipira, instrumento autenticamente brasileiro, e o amor da dupla pela cultura caipira. A faixa Cheiro de chão, escrita por Moisés Mozer e arranjada por Luiz Borges, remete o ouvinte às coisas boas do campo e à vida simples do caipira na roça. Por sua vez, a faixa Na moda mato a saudade, escrita por Gerson Amaro (Lucianópolis SP), a pedido de Luiz Borges, fala da saudade de seu avô Chico, materializada em um presente inusitado: um guizo de cobra cascavel. Já o pagode de viola Quem não gosta, também de Gerson Amaro, fala, de forma bem humorada, sobre as nossas atitudes e as consequências delas. Deixando Saudade, também escrita por Mozer, fala de forma romântica, de um amor que partiu pra não mais voltar. A Valsa Rancheira, Florzinha Linda, de Moisés Mozer e Luiz Borges, conta a história do primeiro amor de um rapazinho por uma debutante em sua festa de quinze anos. O ritmo e a forma como a letra foi escrita, remetem o ouvinte aos tempos aureos dos bailes de 15 anos. Minha Estrela, um rasqueado apaixonado de Moisés Mozer e Luiz Borges, fala sobre um amor que partiu para a eternidade, deixando um rastro de saudade e solidão. Por fim, o pagode de viola Sete Sete, composição de Gerson Amaro, um grande parceiro da dupla, conta sobre as várias situações em que o número sete está presente em nosso cotidiano.
Ficha Técnica
Direção Geral: Moisés Mozer / Luiz Borges; Produção Executiva: Moisés Mozer / Luiz Borges; Direção e Produção Musical: Grillo Rocha; Arranjos: Grillo Rocha / Luiz Borges / Rodrigo Rocha; Gravação, Mixagem e Masterização: Studio GR1, por Grillo Rocha; Fotografia: Dí Morais; Projeto Gráfico: Luiz Borges; Músicos: Voz e Violão: Moisés Mozer; Voz e Viola Caipira: Luiz Borges; Acordeon e Teclados: Grillo Rocha; Bateria: Dário Correia; Contrabaixo: Joás Souza; Percussão: Morango; Violão Requinta: Rodrigo Rocha;
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